quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Cantores faturam alto com shows de funk no Rio


Cantores faturam alto com shows de funk no Rio





funk está “engordando” a conta bancária de muitos artistas no Rio de Janeiro. Quem estourou na década de 1990, quando o estilo musical se popularizou, não imaginava o sucesso que teria hoje. O ritmo mudou a vida de meninos e meninas de famílias humildes da capital e da Baixada Fluminense. Alguns chegam a ganhar R$ 40 mil por uma hora de show, caso do cantor Naldo, que faz, em média, dez apresentações por semana e chega a faturar R$ 1,5 milhão por mês. O polêmico Mr. Catra também está faturando alto - um show particular dele chega a custar R$ 30 mil.

Mas a fama não “bateu na porta” dos funkeiros. A maioria teve que ralar muito para conquistar seu espaço, como aconteceu com MC Sapão. Ele começou a cantar funk aos 14 anos nos bailes do Complexo do Alemão, comunidade da zona norte onde morou com a família, mas só se tornou conhecido cinco anos depois com a música Eu sei cantar.

— Eu sou um eterno sonhador. Sempre quis ser reconhecido como músico, mas nunca tive a pretensão de ser famoso. A música foi uma influência da minha mãe, porque ela é do mundo do samba. O funk foi uma porta de entrada, uma oportunidade que apareceu e eu acabei entrando de cabeça.

MC Sapão contou que fazia shows gratuitos no início da carreira e que, quando cobrava, ganhava em média R$ 200 por uma hora de apresentação. Hoje, ele cobra de R$ 10 mil a R$ 12 mil por show em boates e, de R$ 25 mil a R$ 30 mil, para cantar em eventos particulares com sua banda. E a agenda é apertada. Não há espaço nos finais de semana até o fim do ano. Sapão faz em média dez shows por semana.


O caminho percorrido por MC Marcinho não foi muito diferente. O funkeiro teve uma infância muito difícil. Perdeu o pai aos 11 anos e teve que trabalhar cedo para ajudar a mãe a sustentar a casa. Antes de cantar, foi pedreiro e vendedor de picolé em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Aos 16 anos, começou a acompanhar as caravanas de funk e decidiu participar de um concurso. Apesar de ter sido vencedor com o Rap do Solitário, só estourou nas rádios cariocas um ano depois.

— Quando comecei a ganhar dinheiro, a primeira coisa que eu fiz foi dar uma casa para a minha mãe. O funk me ajudou a mudar a vida da minha família.

MC Marcinho faz de sete a oito shows por semana. Ele cobra entre R$ 8.000 e R$ 12 mil por uma hora no palco. Assim como Sapão, o cantor está com a agenda lotada até dezembro.

Outro funkeiro que está “enchendo os cofres” é o MC Koringa. Ele ganha, em média, R$ 15 mil por pouco mais de uma hora de apresentação. Quem não fica para trás é a mais nova revelação do funk melody, a MC Anitta. A jovem cobra o mesmo valor por uma hora e meia de show. Já o grupo Gaiola das Popozudas fatura R$ 7.000 por 50 minutos de show.

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